Como citado no último post, fui a Catanduva ministrar um curso e uma simultânea nos dias 12 e 13 passados.
O curso sobre raciocínio lógico durante uma partida teve cerca de 30-40 pessoas, e durou 2h, 2h30. Foi a segunda vez que dei um curso para um grupo de pessoas – a primeira tinha sido em Caxambu, 2007. Sou meio suspeito para elogiar ou criticar o curso – deixo na mão de quem esteve lá, rs.
Ah, palmas pro Gleison e pro Junior que me aguentaram desde Fevereiro respondendo dúvidas de como faríamos isso ou aquilo… hehe
Mas o evento mais importante era a simultânea de sexta-feira, às 14h. Com incansáveis esforços do SESC (Na pessoa do Cidão – sempre presente), do Clube de Xadrez de Catanduva (Dr. Antônio), dos professores das escolas e organizadores, mais de 350 jogadores compareceram para judiar das minhas condições físicas e psicológicas, rs. Na foto abaixo, uma imagem bonita, com os 240 tabuleiros montados e milimetricamente ajustados (240 mesas, mas havia substituição de jogadores – quando alguém perdia, entrava outro no lugar, por isso mais de 350) – o recorde nacional oficial pertence ao MI Jefferson Pelikian (coisa de Armênio?? rs), e teve o número de 200 participantes, creio que em 2002, por aí. Só para deixar claro – o recorde é o número de jogadores sentados ao mesmo tempo e não se pode contar substituições. Por opção da organização, esse novo recorde de 240 mesas não foi oficializado pela CBX. Burocracias à parte, posso dizer que foi uma experiência sem igual. O carinho recebido durante as partidas foi muito gostoso. Ver tantos rostos diferentes sedentos por conhecimento, por coisas novas não tem preço. Nunca ouvi tanto ‘tio/mestre/professor’ de uma vez só, rs. Acho que depois desses últimos anos, principalmente desse último, com infinitos torneios e partidas sérias e importantes, estar de novo em contato com esse estágio inicial do xadrez faz bem para o espírito. :)
No fim do dia, 22h30 – 7 derrotas, uns 10 empates, muitas amizades novas e oito horas e meia depois do início, eu me sentia da cidade já – apesar de estar meio morto.
Uma cena que eu não esqueço aconteceu lá pelas 20h… Uma menina bem nova me jogou uma Petroff, e depois de uns 15 lances, ela de fato tinha igualado (Não é que o Kramnik tem razão?). Pela simbologia da Petroff e por ela ter jogado tão concentrada, tentando sempre achar o melhor lance, eu me agachei em frente à mesa dela, olhei pra cara dela, e perguntei se ela aceitava empate (Foi o único empate que eu ofereci na simultânea inteira – os outros 9 eu aceitei). Ela olhou de volta, pensou… e balançou a cabeça com um não bem nítido, para a surpresa de todos em volta. Fiz o lance né, fazer o que…rs. Enquanto eu dava a volta pelas outras mesas, eu pensava ‘essa menina vai longe!’, rs. Mas quando cheguei lá de novo, no próximo lance ela disse que pensou melhor e me ofereceu empate de novo, que eu aceitei de prontidão.
Abaixo, outra foto, com bastante gente sentada já.
E nessa fazendo o primeiro lance.
Onde está Wally?
Lá pelas 21h30, aquela foto lá em cima se reduziu a três fileiras.
Próximo torneio – Magistral da Hebraica nos dias 20 a 28 de Abril. Falta menos de um mês, finalmente. Assim que eu tiver novidades da lista de jogadores, escreverei algo.
Hasta la vista,
KSM